Este tema (e termo) já foi fruto de artigos, debates, matérias, blogs e discussões em mesas de bar e em corredores de faculdades.
A designer Ana Luísa Escorel fala em seu livro “O efeito multiplicador do design” que a palavra em questão não existe: “…Qual seria o sentido dessa genuína invenção brasileira? Logomarca quer dizer absolutamente nada… A palavra logos, vem do grego significando conhecimento e também palavra. Portanto, logomarca significaria ‘palavra-marca’ ou ‘palavra-conhecimento’, o que não faz sentido.”Concordo plenamente com ela.
Ao analisarmos outras nomenclaturas básicas que usamos para dissecar uma marca, percebemos isso com clareza:• Logotipo - Logos em grego quer dizer conhecimento, e também palavra. Typos vem do latim e quer dizer padrão e também grafia. Portanto, grafia-da-palavra ou palavra-padrão. Define o nome da empresa. Toda empresa tem um logotipo. Até nós temos nossa assinatura como logotipo.• Símbolo – do latim symbolum, aquele que representa ou substitui. Nem todas as empresas têm simbolo, como coca-cola e nokia.• Símbolo gráfico – também conhecido como 5º elemento de determinadas marcas.
No caso da coca, a garrafa e a onda funcionam como um sustituto à marca, sem entretanto, se incorporarem na assinatura institucional.• Marca – refere-se ao conjunto visual e de valores da empresa.Preciso falar mais alguma coisa? Para quem gosta de estudar semiótica, esse é um prato cheio.
Famosos já discorreram sobre esse assunto. Mesmo assim, parece que boa parte dos designers continua insistindo em usar a expressão errada. Acredito que devemos sempre observar o conteúdo do nosso discurso diário, cuidando com a linguagem falada e escrita. Antes de designers somos comunicadores e temos a obrigação de falar corretamente. Antes de sair falando qualquer bobagem, deve-se saber sobre o que fala.
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